22 de julho de 2024
A dengue, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, é uma doença perigosa que pode afetar bebês, crianças e adultos, e representa um grande problema de saúde pública no Brasil. Porém, recentemente, foi disponibilizada em todo o país a vacina da dengue.
E para que você saiba tudo sobre a vacina, preparamos este conteúdo especial.
Boa leitura!
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, um inseto que pode ser facilmente encontrado em todas as cidades do país.
Existem quatro sorotipos do vírus (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), que circulam com predominância variável e imprevisível a cada ano.
A doença apresenta período de incubação de quatro a dez dias, pode ser assintomática ou causar um amplo espectro de quadros clínicos, desde apenas febre, até quadros graves, com ou sem hemorragia, com taxas de letalidades superiores a 50%.
Não existe um tratamento específico para dengue. Assim, a abordagem terapêutica é baseada no reconhecimento de sinais de alarme e gravidade e manejo de sintomas.
Os primeiros sintomas da dengue são febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos, vermelhidão na pele e fadiga. Nessa fase, a doença pode ser controlada com hidratação intensa e certas medicações, até seu desaparecimento em alguns dias.
Os sintomas podem se agravar no fim da primeira semana, e devem ser tratados com atenção, já que podem evoluir rapidamente para dengue grave. Os sintomas da dengue com sinais de alerta são:
Dor abdominal intensa
Vômitos persistentes
Respiração ofegante
Sangramento de mucosas
Fadiga
Vômito de sangue
Desidratação e sensação de boca seca
Pele pálida
Fraqueza
Sonolência
Cansaço excessivo
Diminuição da temperatura do corpo
Aumento repentino do hematócrito (porcentagem de hemácias)
Queda abrupta de plaquetas
Hipotermia
Se não forem tratados, os sintomas de dengue com sinais de alerta podem evoluir para manifestações mais graves. Nessa fase, somam-se alguns sintomas aos da dengue com sinais de alerta:
Febre hemorrágica da dengue (extravasamento do plasma sanguíneo, que causa hemorragias severas).
Síndrome do choque da dengue (colapso circulatório e falência múltipla dos órgãos).
A vacinação contra a dengue reduz o risco de infecção sintomática, hospitalizações e da mortalidade. Ela é uma importante aliada no combate ao vírus em países de alta prevalência de dengue.
A vacina é tetravalente atenuada contra os quatro sorotipos da dengue, produzida a partir de tecnologia de DNA recombinante.
Dessa forma, ela induz uma resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural, porém sem causar a doença.
A vacina da dengue é indicada para indivíduos dos 4 aos 60 anos. Porém, gestante e mulheres que amamentam não devem receber a vacina.
Sua utilização independe da exposição anterior à doença e é administrada por via subcutânea, no esquema de 2 doses, com intervalo de 3 meses.
Após a conclusão do esquema vacinal, a eficácia global contra infecção é de 60% a 80%, enquanto a eficácia contra as formas graves é de 85% a 90%.
Não devem tomar a vacina da dengue:
Quem apresenta hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
Quem apresenta Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras.
Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomáticas, quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida.
Gestantes.
Mulheres amamentando lactentes de qualquer idade.
Os efeitos adversos mais frequentes são geralmente leves e de curta duração e incluem cefaleia, dor no local de aplicação, mal-estar e dor muscular.
Por se tratar de uma vacina atenuada, febre poderá ocorrer no período de até 14 dias após a vacinação.
Gostou de saber mais sobre a vacina dengue? Em caso de dúvidas consulte seu médico e para outras dicas e informações de saúde, continue seguindo nosso blog.